E a contagem regressiva para a chegada do Tiagucho teve início. Minha
nossa, quanta coisa ainda por fazer... Achei que sendo o terceirinho, seria
tudo simples: só pegar as coisas do Lucas e do Vitor e mandar bala. Sim, sim...
Todas as roupas a partir de 1,5 ano, tenho guardadinho... Mas como a cirurgia
plástica, vulgo levantamento do moral, estava já marcada, eu acabei me
desfazendo de TODAS as coisas de bebês bem piticos...
E eu, quietinha aqui com os meus botões, pensando que o Tiago, meu
caçulinha, não poderia ter absolutamente tudo-tudo-tudo usado e que alguma
coisinha ele tem que ter novinho, assim, com cheirinho de novo e etiqueta ainda
por cortar, sem já ter sido usado pelos 2 irmãos. Tá bom, é normal, são irmãos
e todos usam o que o outro já usou. Voltei na memória há muito tempo atrás e
percebi que eu e meu irmãozinho (tá bom, ele já tem 32 anos e de “zinho” não
tem nada... pelo menos, não deveria... kkkk) tivemos sorte. Eu, irmã do meio
entre dois meninos, não dava pra minha mãe colocar na mais nova princesinha, o
macacão do trenzinho ou o ki-chute batido do meu irmão mais velho. Ou, o meu
vestido da Branca de Neve, no meu irmãozinho, 10 anos mais novo que o meu irmão
mais velho e 7 anos, mais novo que eu. Ou seja, eu e o Kim, tivemos tuuuuuuudo
novinho.
Mil negociações com o maridão de fazer o enxoval, da parte que não tenho
guardado dos meninos, nos EUA. E quando eu digo mil, eu digo mil meeeeesmo. Não
só em dólares, bodies, macacãozinho, milhas, mas também mil discussões para
convencê-lo que fazer lá, ainda é melhor do que aqui. E neste meio tempo, seca
no Brasil inteiro, a falta d’água em São Paulo com o nível da Cantareira a
menos de 3%, escândalo na Petrobrás, eleição presidencial, ou melhor, reeleição
e este dólar que não para de subir nem um segundo.
Ok, ele aceitou nossa ida. Ida assim vapt vupt, final de semana corrido
pra adquirir tudo: compro pela net, mando entregar no hotel e ai, ficamos com o
restinho pra pegar as promoções das lojas, usando os famosos cupons de
desconto. Comecei a buscar alternativas, Miami ou Orlando e ai, amigas minhas
disseram que Orlando era melhor, menos trânsito, melhor localização dos
outlets, tem a tal da Macro baby, eu já posso comprar até os presentes de Natal
perto do Black Friday e fora que em Orlando tem o Mickey, né? Astral melhor,
não há! Por outro lado, eu já estou com uma barriga aparente assim de mais ou
menos uns 8 meses, todo mundo já fica perguntando se nasce o mês que vem.
Detalhe, só nasce em Fevereiro... Ou seja, o cansaço já chegou por aqui. Aí,
pra economizar, só ele vai. E OREMOS!
Sabe como é homem comprando coisinhas... hahahahahaha. Por isso, a planilha
excel da super mãe com itinerário, todos os detalhes do quê comprar, onde,
como, qual o endereço, distância do hotel e tudo mais está quase pronta. Ai
dele se não trouxer tudo! L
E aí, o sentimento mãe bateu forte. Fiquei me sentindo a pior mãe do
mundo por não permitir ao Lucas e Vitor, que eles cresçam, assim sozinhos, sem
os traumas de divisão da atenção, do colo de pai e mãe, de poder fazer
barulheira e bagunça sem se preocupar que tem algum bebê na casa. Poxa, o Lucas
tinha 1 ano e 5 meses quando o Vitor nasceu, praticamente um bebê. Já o Vitor,
nasceu sem a atenção focada que eu conseguia dar antes, quando era um só,
afinal, Vitoco já nasceu sendo obrigado a dividir a atenção com o irmão mais
velho e eu estou trazendo mais um. E o Tiagucho então? Nossa, todo aquele mimo
que se tem com um filho só terá que ser dividido em três? Será que algum dia eles
vão ter algum tipo de trauma, de falta de atenção dos pais? Aí vem aquele
discurso de que “o melhor presente que você pode dar a um filho, é um irmão”...
um tanto quanto piegas, mas tenho tentado me apegar a isto... embora eu esteja
dando dois irmãos e não um só, como o velho ditado diz! Kkkkkkkk e poxa, eu
também tenho 2 irmãos e sobrevivi, ok, ok, eu sei que a minha mãe sempre gostou
mais dos meus irmãos do que de mim... hahahahahaha
E neste meio tempo, meu sobrinho nasceu. E ele é LINDO demais! Sabe aquele
bebê, capa de revista, que não nasce nem um pouco amassado, já saiu bonito do
forninho, com cara de moleque, olho aberto, sorrindo na primeira semana (pra
mim, claaaaro! Kkkk e não me venha dizer que é espasmo) e fofo, fofo,
fofíssimo? Sim, é ele, o mais novo anjinho da família. E... Luqueto, com toda a
sua sabedoria de uma criança de exatos 3 anos e 7 meses, está completamente
apaixonado pelo primo. Aonde vai, conta pra todo mundo que tem um priminho,
quer pegar no colo, faz carinho, quer beijar, amassar, diz que vai ensinar o
menino a jogar basquete e a andar, fica toda hora dizendo que o anjinho precisa
ir na casa dele. E a minha ficha de repente cai e meu próprio filho, me deixa
mais tranquila que ele vai AMAR ter outro irmão. E eu me derreto, percebo que
coloco minhoca na minha cabeça e que EU complico as coisas que devem ser
simples como são.
Ok, ok, o Vitoco mostra claramente que não quer dividir a mamãe dele com
mais ninguém. Ignora a presença do bebê, desvia o olhar e praticamente não olha
pra ele... sofre e ainda não entende o porquê, tadico. Outro dia, eu estava com
meu sobrinito no colo e maridão disse que o olhar do Vitoco era fixo pra onde
eu estava, mas ele não queria demonstrar. Assim que eu coloquei o Little Peanut
no carrinho, Vitoco veio na minha direção, subiu no meu colo, falei que era o
meu neném e ele me agarrou literalmente, e começou a chorar. Meu coração ficou
em zilhões de pedacinhos... Mas tudo dará certo, tenho certeza!
Outra delícia que vivenciei neste mês, foi que todos os dias à noite eu
conto histórias para os meninos, antes deles dormirem. Cada um na sua própria
cama, ouvindo atentamente. E claaaaro que eles não se contentam com apenas uma
ou duas. Além disto, eles incluem novos elementos nas histórias: não é mais o
"lobo mau" que assopra as casas dos 3 porquinhos e sim, o dragão
muito muito grande, que assopra fogo nas casas e pega fogo! Outro dia, depois
da quinta história inventada, falei que era hora do Lucas contar a história
para o Vitor. Saí do quarto e fiquei ouvindo o zunzunzum do meu quarto. Quando
o zunzunzum acabou, fui espiar cadê o Vitor na cama dele ??? E eu me deparei
com a linda cena:
Vitoco subiu para dormir junto com o irmão! Ai que delícia! E daqui a
pouco serão 3 companheirinhos! Dá pra não amar muito, loucamente? Não, óbvio
que não! E sim, este amor incondicional de irmãos já existe lá em casa.
Por falar em amor, eu e o maridão completamos 4 anos de casados. Sim, 4
anos e 3 filhos. Para mim, esta é a maior prova de amor. Embora eu já tenha
ouvido falar que isso não é prova de amor, mas que muito provavelmente, a gente
não tenha TV lá em casa! Hahahahaha. Mas eu acho sim, que toda a fase
maternidade é linda, gostosa, mas a verdade absolutamente verdadeira é que só
quem tem filho, sabe que o casamento passa por muitos ajustes no nascimento, o
casal acaba aprendendo a voltar a namorar, com a nova dinâmica da casa, da
atenção dispendida um para o outro. E quando a relação começa a entrar nos
eixos, o segundo filho vem, bagunça tudo de novo e outros aprendizados surgem. E
se a gente está no terceiro a caminho, é porque temos a certeza do que queremos
para a nossa vida e esta certeza tem um nome só: FAMÍLIA!
E o Tiagucho? Ah, este moleque está cada vez mais lindo! Pula igual
pipoca, imagina quando nascer! Confirmamos no último ultrassom que ele
realmente tem o tamanho de um bebê 2 semanas a frente, o que prova que a
concepção maluca estava dentro de uma ovulação irregular. Então, início de
Fevereiro, o meu mais novo integrante da familinha chegará para completar o
nosso coreto!
Eu não gosto destas fotos de ultrassom, tem tanto líquido, cordão
umbilical, placenta e tudo mais que a criança fica no meio daquilo tudo e me dá
uma agonia! Mas não é que o moleque está sorrindo lá dentro?
Sim, o baixinho sabe que tem muita correria por fazer ainda pra chegada
dele, mas muito amor para recebê-lo e não só da mamãe e do papai, mas também de
2 irmãos maiores que farão juntos uma linda história de amor!
Eita que este mês foi bem gordo. De delícias e gordices. Gordo e
ansioso. Tão ansioso e tão gordo que adquiri a pequena quantidade de 5,5 kilos
em 5 semanas. Ai, ai, ai, fui na gineco ontem e confirmamos o tamanho da
ansiedade.
E vamos que vamos!
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