Ah, esta é a terceira gestação. TERCEIRA, entendeu? Então, eu vou tirar de LETRA, não passarei mal, nada de frescuras de ficar com sono, cansada ou estes enjoos ridículos com azia, ter que comer de 2 em 2 horas, não poder carregar peso… Estas coisas que os médicos teimam em dizer, sabem?
Mesmo porque, quando você está na primeira gestação, consegue chegar do trabalho e tirar aquele cochilo delícia de 2 horas. E aquelas muitas tardes após o almoço, em que precisa de dois palitos nos olhos para que eles não fechem, mesmo naquelas reuniões mega importantes e que VOCÊ tem que tomar uma decisão baseada nas apresentações que estão sendo feitas PARA VOCÊ? Ah, na terceira ou mesmo segunda gestação, o cansaço já é de praxe, já está mais acostumada e seu corpo já meio que se adequou ao dia a dia: você já tem um ou dois pequerruchos que te consomem o dia todo (e a noite, também, mas não contem às mães que querem ter o segundo). Hum… E o que dizer aos seus filhos: “mamãe não pode te pegar no colo porque mamãe está grávida e não pode carregar peso?” Ah, podem vir no colinho da mamãe, sim! “Um de cada lado, mamãe tem dois colos!” Oh Lord, e quando o terceiro nascer? O que será da divisão do colo da mamãe? O terceiro colo seria na cabeça?
Mas, cada gestação é única, já diziam os nossos avós! Do Lucas, eu achei que tive enjoo. Quando engravidei do Vitoco, aí sim, descobri o que eram os enjoos da gravidez, mas a verdade é que este bebê aqui já mostrou que vai dominar o mundo e a mamãe, também! Quantos enjoos! Por quê, por quê, por quê? Ok, ok, comerei de 2 em 2 horas, vou tentar descansar mais, maridão que me ajude com os pimpos noite adentro ou seria afora: fora da cama de um, fora do berço do outro, fora do quarto deles, fora do horário. Ih, não deu certo, enjoo continuou e até com chocolate que eu adoro! “Opa, você está enjoando com chocolate? É menina!” Tudo eu passo mal, se eu como qualquer coisa gelada, pimba! Lá vou eu correndo para o banheiro. Aliás, conheço todos os banheiros dos shoppings, restaurantes, lojas de rua e posso até dar consultoria dos mais limpos. Mas por favor, não se atrevam a usar o banheiro do estacionamento da Liberdade, da Rua dos Estudantes, não tem trava, é sujo e não tem luz.

E o que dizer dos comentários? “Ah, você tem 2 meninos, tomara que você tenha uma menininha agora”. “Puxa, até que enfim vocês estão tentando uma menina, vou torcer para que dê certo”. “Vocês querem uma menina agora, né? Menina é mais companheira da mãe quando cresce. Com meninos, você vai ficar sozinha ao envelhecer”. E por ai, vai. E a verdade é uma só: não me importa o sexo, queremos que venha com MUITA saúde e só quem já ficou grávida, realmente entende esta preocupação maluca de pai e mãe.
Medo? Put’s grila, muito medo. Terei meu terceiro parto com 39 anos. O primeiro ultrassom morfológico nunca foi tão aguardado como este. E eu deveria estar calma, já que tenho 2 exemplares super saudáveis em casa. Ter 3 filhos absolutamente perfeitos seria muito, muito egoísmo? Seria pedir muito? Estou cometendo um pecado? A partir dos 35 anos as estatísticas mudam muito, com 39, então! Mil coisas se passam pela minha cabeça, cabeça de mãe, de grávida, de louca, de mulher analítica, lógica, racional e muito, mas muito emocional ao mesmo tempo.
E o que dizer na empresa? O anúncio do 3º filho em 4 anos de empresa ? Medo! Mais um medo: “o que irão pensar, que estou me aproveitando da lei? Estabilidade ? Que só penso em ter filho”? “Hey, boss, I need to tell you something”. E ela: “Go ahead, please”! E eu: “It’s a little secret!” E ela: “Oops, are you having the third one???” E eu, super intimidada: “Yes, I am”, aguardando a reação, “ai ai, o que será que vou ouvir agora”? E a louca da chefe: “Oooooh my Goooood, congratulations, I love big families, you are a very lucky woman”.
E sim, eu sou uma mulher de sorte! Muita sorte! Tenho um marido maravilhoso, o homem da minha vida, antes mesmo de ser o pai dos meus filhos. Brigamos muito também, a vida não é um mar de rosas, mas como diria a minha gineco, isso acontece porque é um casamento de verdade, onde cada um exprime o que pensa e construímos sempre juntos, o que é melhor para a nossa familinha. Opa, quem foi a louca que falou familinha? Deixamos de ser familinha já faz um bom tempo, agora somos uma Família com “F” maiúsculo com muito mais responsabilidade pela frente. E falando em família, eu tenho a minha primeira família que me apoia muito e um trabalho que amo fazer, discutir, sugerir, criticar (e como eu critico demais, por que será que me aguentam tanto?) e que quase me permite ser quem eu sou 100%!
E sim, eu sou uma mulher de MUITA sorte. Saímos do morfológico hoje à tarde e o bebê? Ah, a minha pessoinha está ótima, mega saudável, tudo no seu devido lugar, com as melhores probabilidades! E já com 7 cm, 73 gramas e 158bpm! Como poderei agradecer a tudo isso?
Mas e o sexo do bebê? Acho que só teremos certeza absoluta lá pela 17ª semana. O médico já deu uma grande possibilidade, mas eu só conto com 100% de certeza. Será que eu aguento?
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