sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

2015 já está batendo na porta!

Puxa vida! Todo final de ano eu penso na minha mensagem de Natal que eu tanto gosto de escrever. É como se eu assistisse a um filme do ano que passou e uma grande retrospectiva dos melhores momentos do ano parassem no tempo. E ai, eu quero BIS, quero de novo, de novo e de novo, como diriam os meus filhos!  Quero trazer cada bom momento mil vezes e sentir a mesma felicidade renovada. E este ano, particularmente, mostrou-me que nem sempre o planejado milimetricamente, traz o resultado esperado, porque ele pode trazer um resultado melhor ainda, se feito com carinho, com amor... E é AMOR que vale nesta vida

É com muito AMOR que o Tiago chegará em 2015 para completar a minha familinha! Quando eu era bem pequena, sonhava em ter uma família grandona, já que meu pai só tem um irmão e minha mãe, uma irmã. Sempre quis uma casa recheada de tios e primos e muita bagunça nos finais de semana. A sorte é que o maridão, também ! Mas, por diversas razões, não achávamos que nós conseguiríamos realizar este desafio.  E ai, pimba ! Fomos presenteados com a mega master surpresa do terceirinho no forninho. E... sim! Este nosso sonho se realizará! Lucas e Vitor terão o caçulinha para brincar, bagunçar, fazer estripulias, crescerem juntos, brigar porque também faz parte e, cuidarem muito um do outro!

É com muito amor e eu diria que com muita coragem também, que a gente pode nos permitir a sentir a felicidade, seguir o nosso coração, satisfazer os desejos mais difíceis e loucos e acho que este é nosso direito e talvez até, nossa obrigação. É muito simples perceber nas pequenas coisas, aquilo que nos faz rir, gargalhar, deixar o coração leve, livre e solto e nos permitir sonhar, desde contar uma história para seus filhos à noite e eles pedirem mais uma e mais uma e mais uma e você perceber que está na 5ª e não viu o tempo passar, receber aquele telefonema inesperado da sua avó, tia, prima, amiga, dizendo que está com saudades, ou quem sabe daquela pessoa que faz seu coração bater mais forte, tomar um banho revigorante, daqueles que tiram todas as impurezas, olhar para o céu e de repente, neste céu poluído, encontrar uma estrela cadente e fazer um pedido. Receber o tão esperado elogio do chefe, ou não receber e não se importar com isso, ter muita coisa para fazer, pois isto significa que confiam em você, pagar a última prestação do seu carro, bicicleta, moto, casa, apartamento na praia, faculdade ou patinete, terminar o TCC e concluir a faculdade, pós graduação, doutorado, ou aquele tão sonhado curso de culinária, levar a sua afilhada no ultrassom do seu filhote na barriga e ver a reação dela com a modernidade,  sentir em cada abraço, o olhar de longe de admiração por você, o quanto seu filho é carinhoso, perceber a independência do seu outro filho, como cresce rápido e melhor do que isso, acordar aos finais de semana, com as vozinhas dos dois no quarto deles conversando, antes de levantarem da cama. Receber mais um ano, o seu amigão do peito que mora longe pácas, mas vem prestigiar a festinha do seu filho, pois ele sabe o quanto é importante para você, que seu time seja campeão da taça Libertadores, Guanabara, copa das Américas ou da segunda divisão, mas que você nunca abandone o bando de loucos, fazer uma visita surpresa para a sua avó e ela fazer todos os pratos prediletos para cada um que chegou e vê-la quieta, calada, mas com um sorriso que não cabe dentro dela, ter esta mesma avó, de 91 anos, te chamando para conversar no Facebook, porque ela ganhou um Ipad, mandando emoticon para seus filhos verem, ter seu marido passando uma semana fora fazendo o enxoval do terceirinho, prevenindo o seu cansaço de barriguda, sortear o amigo secreto da família 15 vezes porque as primeiras deram errado, viajar para Ubachuva, Guarujá, Paris, África ou Japão, mas viajar definitivamente,  ter saúde, muita saúde sempre. É com amor que deitamos a cabeça no travesseiro e a sentimos leve, leve e pronta para iniciar um 2015. Um 2015 cheinho disto tudo aí em cima.

É o que eu desejo para você !

  

E que o bom velhinho, aquele da barba branca que se veste de vermelho, traga este presentão!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

E um brinde ao AMOR !

E a contagem regressiva para a chegada do Tiagucho teve início. Minha nossa, quanta coisa ainda por fazer... Achei que sendo o terceirinho, seria tudo simples: só pegar as coisas do Lucas e do Vitor e mandar bala. Sim, sim... Todas as roupas a partir de 1,5 ano, tenho guardadinho... Mas como a cirurgia plástica, vulgo levantamento do moral, estava já marcada, eu acabei me desfazendo de TODAS as coisas de bebês bem piticos...
E eu, quietinha aqui com os meus botões, pensando que o Tiago, meu caçulinha, não poderia ter absolutamente tudo-tudo-tudo usado e que alguma coisinha ele tem que ter novinho, assim, com cheirinho de novo e etiqueta ainda por cortar, sem já ter sido usado pelos 2 irmãos. Tá bom, é normal, são irmãos e todos usam o que o outro já usou. Voltei na memória há muito tempo atrás e percebi que eu e meu irmãozinho (tá bom, ele já tem 32 anos e de “zinho” não tem nada... pelo menos, não deveria... kkkk) tivemos sorte. Eu, irmã do meio entre dois meninos, não dava pra minha mãe colocar na mais nova princesinha, o macacão do trenzinho ou o ki-chute batido do meu irmão mais velho. Ou, o meu vestido da Branca de Neve, no meu irmãozinho, 10 anos mais novo que o meu irmão mais velho e 7 anos, mais novo que eu. Ou seja, eu e o Kim, tivemos tuuuuuuudo novinho.

Mil negociações com o maridão de fazer o enxoval, da parte que não tenho guardado dos meninos, nos EUA. E quando eu digo mil, eu digo mil meeeeesmo. Não só em dólares, bodies, macacãozinho, milhas, mas também mil discussões para convencê-lo que fazer lá, ainda é melhor do que aqui. E neste meio tempo, seca no Brasil inteiro, a falta d’água em São Paulo com o nível da Cantareira a menos de 3%, escândalo na Petrobrás, eleição presidencial, ou melhor, reeleição e este dólar que não para de subir nem um segundo.
Ok, ele aceitou nossa ida. Ida assim vapt vupt, final de semana corrido pra adquirir tudo: compro pela net, mando entregar no hotel e ai, ficamos com o restinho pra pegar as promoções das lojas, usando os famosos cupons de desconto. Comecei a buscar alternativas, Miami ou Orlando e ai, amigas minhas disseram que Orlando era melhor, menos trânsito, melhor localização dos outlets, tem a tal da Macro baby, eu já posso comprar até os presentes de Natal perto do Black Friday e fora que em Orlando tem o Mickey, né? Astral melhor, não há! Por outro lado, eu já estou com uma barriga aparente assim de mais ou menos uns 8 meses, todo mundo já fica perguntando se nasce o mês que vem. Detalhe, só nasce em Fevereiro... Ou seja, o cansaço já chegou por aqui. Aí, pra economizar, só ele vai.  E OREMOS! Sabe como é homem comprando coisinhas... hahahahahaha. Por isso, a planilha excel da super mãe com itinerário, todos os detalhes do quê comprar, onde, como, qual o endereço, distância do hotel e tudo mais está quase pronta. Ai dele se não trouxer tudo! L
E aí, o sentimento mãe bateu forte. Fiquei me sentindo a pior mãe do mundo por não permitir ao Lucas e Vitor, que eles cresçam, assim sozinhos, sem os traumas de divisão da atenção, do colo de pai e mãe, de poder fazer barulheira e bagunça sem se preocupar que tem algum bebê na casa. Poxa, o Lucas tinha 1 ano e 5 meses quando o Vitor nasceu, praticamente um bebê. Já o Vitor, nasceu sem a atenção focada que eu conseguia dar antes, quando era um só, afinal, Vitoco já nasceu sendo obrigado a dividir a atenção com o irmão mais velho e eu estou trazendo mais um. E o Tiagucho então? Nossa, todo aquele mimo que se tem com um filho só terá que ser dividido em três? Será que algum dia eles vão ter algum tipo de trauma, de falta de atenção dos pais? Aí vem aquele discurso de que “o melhor presente que você pode dar a um filho, é um irmão”... um tanto quanto piegas, mas tenho tentado me apegar a isto... embora eu esteja dando dois irmãos e não um só, como o velho ditado diz! Kkkkkkkk e poxa, eu também tenho 2 irmãos e sobrevivi, ok, ok, eu sei que a minha mãe sempre gostou mais dos meus irmãos do que de mim... hahahahahaha
E neste meio tempo, meu sobrinho nasceu. E ele é LINDO demais! Sabe aquele bebê, capa de revista, que não nasce nem um pouco amassado, já saiu bonito do forninho, com cara de moleque, olho aberto, sorrindo na primeira semana (pra mim, claaaaro! Kkkk e não me venha dizer que é espasmo) e fofo, fofo, fofíssimo? Sim, é ele, o mais novo anjinho da família. E... Luqueto, com toda a sua sabedoria de uma criança de exatos 3 anos e 7 meses, está completamente apaixonado pelo primo. Aonde vai, conta pra todo mundo que tem um priminho, quer pegar no colo, faz carinho, quer beijar, amassar, diz que vai ensinar o menino a jogar basquete e a andar, fica toda hora dizendo que o anjinho precisa ir na casa dele. E a minha ficha de repente cai e meu próprio filho, me deixa mais tranquila que ele vai AMAR ter outro irmão. E eu me derreto, percebo que coloco minhoca na minha cabeça e que EU complico as coisas que devem ser simples como são.
Ok, ok, o Vitoco mostra claramente que não quer dividir a mamãe dele com mais ninguém. Ignora a presença do bebê, desvia o olhar e praticamente não olha pra ele... sofre e ainda não entende o porquê, tadico. Outro dia, eu estava com meu sobrinito no colo e maridão disse que o olhar do Vitoco era fixo pra onde eu estava, mas ele não queria demonstrar. Assim que eu coloquei o Little Peanut no carrinho, Vitoco veio na minha direção, subiu no meu colo, falei que era o meu neném e ele me agarrou literalmente, e começou a chorar. Meu coração ficou em zilhões de pedacinhos... Mas tudo dará certo, tenho certeza!
Outra delícia que vivenciei neste mês, foi que todos os dias à noite eu conto histórias para os meninos, antes deles dormirem. Cada um na sua própria cama, ouvindo atentamente. E claaaaro que eles não se contentam com apenas uma ou duas. Além disto, eles incluem novos elementos nas histórias: não é mais o "lobo mau" que assopra as casas dos 3 porquinhos e sim, o dragão muito muito grande, que assopra fogo nas casas e pega fogo! Outro dia, depois da quinta história inventada, falei que era hora do Lucas contar a história para o Vitor. Saí do quarto e fiquei ouvindo o zunzunzum do meu quarto. Quando o zunzunzum acabou, fui espiar cadê o Vitor na cama dele ??? E eu me deparei com a linda cena:

Vitoco subiu para dormir junto com o irmão! Ai que delícia! E daqui a pouco serão 3 companheirinhos! Dá pra não amar muito, loucamente? Não, óbvio que não! E sim, este amor incondicional de irmãos já existe lá em casa.
Por falar em amor, eu e o maridão completamos 4 anos de casados. Sim, 4 anos e 3 filhos. Para mim, esta é a maior prova de amor. Embora eu já tenha ouvido falar que isso não é prova de amor, mas que muito provavelmente, a gente não tenha TV lá em casa! Hahahahaha. Mas eu acho sim, que toda a fase maternidade é linda, gostosa, mas a verdade absolutamente verdadeira é que só quem tem filho, sabe que o casamento passa por muitos ajustes no nascimento, o casal acaba aprendendo a voltar a namorar, com a nova dinâmica da casa, da atenção dispendida um para o outro. E quando a relação começa a entrar nos eixos, o segundo filho vem, bagunça tudo de novo e outros aprendizados surgem. E se a gente está no terceiro a caminho, é porque temos a certeza do que queremos para a nossa vida e esta certeza tem um nome só: FAMÍLIA!

E o Tiagucho? Ah, este moleque está cada vez mais lindo! Pula igual pipoca, imagina quando nascer! Confirmamos no último ultrassom que ele realmente tem o tamanho de um bebê 2 semanas a frente, o que prova que a concepção maluca estava dentro de uma ovulação irregular. Então, início de Fevereiro, o meu mais novo integrante da familinha chegará para completar o nosso coreto!
Eu não gosto destas fotos de ultrassom, tem tanto líquido, cordão umbilical, placenta e tudo mais que a criança fica no meio daquilo tudo e me dá uma agonia! Mas não é que o moleque está sorrindo lá dentro?


Sim, o baixinho sabe que tem muita correria por fazer ainda pra chegada dele, mas muito amor para recebê-lo e não só da mamãe e do papai, mas também de 2 irmãos maiores que farão juntos uma linda história de amor!
Eita que este mês foi bem gordo. De delícias e gordices. Gordo e ansioso. Tão ansioso e tão gordo que adquiri a pequena quantidade de 5,5 kilos em 5 semanas. Ai, ai, ai, fui na gineco ontem e confirmamos o tamanho da ansiedade.
E vamos que vamos!

Saúde em Primeiro Lugar !


21 de outubro de 2014, 09:00


Saúde é o que importa, mas médico bom é fundamental!
Fiquei de contar em um post à parte o ocorrido com a conduta médica lá no hospital na cidade que passamos a semaninha de férias. Vitor estava com diarreia há 3 dias,  vomitando há 2, e teve febre naquela tarde, quando liguei novamente para o pediatra, dizendo que o Floratil estava demorando para fazer efeito e nem o remédio para controlar a náusea estava funcionando. Ele rapidamente me pediu para ir ao Pronto Socorro local, porque Vitoco não poderia ficar desidratado e disse: “diarreia, ele ainda terá por alguns dias e não há nada a fazer, o organismo vai se encarregar de fazer a flora intestinal se reestabelecer, mas estes vômitos precisam acabar”. E emendou: “assim que chegar lá, peça para o médico me ligar para acordarmos o procedimento”. Aperto no coração, maridão ficou com Luqueto no hotel e lá fui eu com meu pequeno nos braços, que claaaaaro que chegando ao hospital, nem parecia estar doente, de tanto sassaricar na recepção, conversar e brincar com todo mundo!
Recepcionista mega atenciosa, disse que ia nos colocar para sermos atendidos às 19h, já que eram 18h20, pois era a troca de turno e eu seria a primeira a ser atendida, inclusive por um pediatra. Claro que aceitei! Mas somente após 1 hora e muito, uma médica nos chamou. Eu, com Vitoco no colo, contei o que havia acontecido e ela, sentada na mesa, sem ao menos checar temperatura, batimento, pressão ou somente abrir o olhinho dele para visualizar desidratação, prontamente disse que ele entraria no antibiótico para cessar a diarreia.
“Antibiótico, doutora? Mas ele não fez nenhum outro exame, é necessário mesmo”? Minha mãe sempre nos ensinou a ingerir o mínimo de remédio possível. Eu mesma, só fui tomar meu primeiro antibiótico com 14 anos de idade!  E a resposta: “sim, só com antibiótico esta diarreia vai parar. Ele vai entrar no soro, dramin e antibiótico”. E a chata aqui: “voltaremos para São Paulo amanhã à noite e no dia seguinte, já tenho pediatra marcado, prefiro não dar antibiótico, tudo bem”? “Não é o correto, mas se você prefere assim, a decisão é sua, pode ir naquela outra sala para medicação, mãezinha”. Nossa, se tem uma coisa que eu não gosto é gente que nunca vi na vida me chamando de mãezinha… E ai, perguntei se ela não iria examiná-lo antes e a super resposta veio na velocidade da luz: “eu não tenho equipamento pediátrico”. Pensei com meus botões: “puxa vida, não sabia que estetoscópio era diferente para criança, ou que não daria para apertar a barriguinha dele ou mesmo somente, examinar os olhos”. Não contente com aquilo tudo, insegura e com meu piki doente nos braços, cometi outro insulto a Sra. profissional que nos atendia: pedi que ligasse para o meu pediatra. “Tenho muito que fazer, cada um tem a sua conduta, a fila está grande lá fora e tem muita gente esperando”. A esta altura a minha insegurança estava maior que a minha educação: “Pois é Dra., eu também esperei um tempão, 2 minutos não fará a menor diferença, estou ligando para ele” e entreguei o celular na mão dela. Com uma cara muito feia, ela falou o que faria e ele aceitou.
Chegando em Sampa, perguntei ao pediatra se eu agi corretamente em não ter aceitado a conduta dela, se fui muito grossa e o que ele me disse: “Yuri, você fez certo, um antibiótico poderia piorar ainda mais, pois era viral e a droga mataria a flora intestinal do Vitor, fazendo com que este vírus se fortalecesse e ele poderia ter esta mesma virose muitas vezes na vida. Fica tranquila, se todas as mães fossem como você, eu estaria falido”. Um sentimento de satisfação tomou conta de mim neste minuto… e uma segurança por ter escolhido o médico certo para os meus filhos, também!
E a verdade é que nós mães, acabamos entendendo cada vez mais, as reações das nossas crianças e algumas condutas a serem tomadas quando é algo mais simples.
E ai, o resto eu já contei: Lucas, maridão e eu, também pegamos a virose, e eu ainda voltei umas 3x ao Pronto Socorro, vomitando, com muita dor abdominal e diarreia, tomando muito dramin e buscopan na veia para melhorar. Era sempre a mesma coisa, médica fazia perguntas da gestação e me mandava para o dramin e buscopan. E depois, avaliávamos o Tiago, fazendo o ultrassom. E, Tiagucho sempre tranquilo, ufa! Teve até um dia que tive que sair do trabalho correndo direto para o PS de novo. Resultado: médico olhando a pança da gravidez, perguntando de enjoos, acalmando que as dores eram da virose e pra mim, mais dramin e buscopan.
Na mesma semana, logo após o almoço, comecei a sentir dores e piorar e piorar. Tomei remédio, que fez cócegas. Eu, que juro que sou forte, comecei a ficar sem conseguir respirar. Um amigo da empresa me levou correndo para o hospital. No caminho, as dores pioraram MUITO, eu achava que estava com alguma coisa muito mais séria. Não sei como cheguei na recepção, só lembro do meu amigo me segurando e eu só fui “acordar” já na maca, tomando alguma coisa na veia, de novo. E também recordo dele dizendo que tinha acabado de ligar para o meu marido, que já estava chegando… Como eu cheguei com grau 10 de dor, não consegui nem falar da gestação.
E na minha opinião ter “omitido” foi ótimo, pois resolveram fazer um diagnóstico correto, com uma batelada de exames. Creio que eles olham grávidas chegando no PS com dor e pensam que é frescura. Aí, ouvi alguém falando que eu ia para a tomografia ou Raio X. “Opa, isso eu não posso, tô grávida”. “Mãezinha, por que você não disse que está grávida”? Nem respondi.  Aí, resolveram fazer ultrassom de tudo. Tiago, ótimo, colo do útero, ótimo e eu, mais tranquila em saber que meu pequerrucho estava bem. Mas as dores, aumentando novamente. Maridão chegou, ufa! Na hora do US abdominal, a médica fica num vai e vêm com aquele troço na minha barriga e de repente, para no meio, chama um outro médico para ajudá-la e aquela discussão técnica na nossa frente do que seria aquela “cristalização”. Eu pergunto: “está tudo bem”? E a resposta, com um sorriso sarcástico: “Calma”! hahahahahaha, melhor rir para não chorar, isso porque eu estava em um dos melhores hospitais da América Latina…
Bom, o diagnóstico dado foi: pedras, muitas e muitas pedras na vesícula. Desde gergelins, ervilhas a 2 grandes azeitonas chilenas. Eu, já no 3º ou 4º medicamento, alternando entre dor e ânsia, já mudando de sala pela enésima vez, escuto a discussão no telefone entre o plantonista, que teimava em dizer que eu deveria ser operada e a minha gineco, que me acompanha há uns bons anos, fez todos os meus partos e está de pertinho olhando o Tiago na pancita, dizendo: “cirurgia nem pensar, ela está grávida, só se for em último, mas em último caso MESMO, esqueça”!
E ouvir isto dela me deixou mais tranquila. Mas as dores continuavam e a decisão foi ficar internada. Sorte que era dia da babá dormir em casa e os meninos já estavam com ela. Passei a madrugada com muita dor. No dia seguinte, maridão já havia saído cedinho para levar as crianças na escola, eu estava sozinha no quarto e a minha gineco entra lá junto com outro cirurgião “expert em vesículas” da equipe dela, e começam a discutir que era realmente necessária a extração da vesícula.
Entrei em verdadeiro pânico. Implorei a minha médica para não fazer a cirurgia, que eu seguiria à risca toda e qualquer dieta livre de gorduras, abdicaria até do meu Mc Donald’s querido. Mas ela foi enfática em dizer que como havia muitas pedras pequenas, a possibilidade de uma delas se deslocar até o pâncreas era muito grande e aí sim, seria muito mais perigoso, com complicações e risco de vida. “Como assim, risco de vida”? Disse que acompanharia toda a cirurgia com o marido dela (que também está conosco em todas as gestações) e me tranquilizou falando que atualmente há a possibilidade de “amenizar” a anestesia geral para gestantes e que tudo ia dar certo. “Aceitei” a operação, seria naquela noite, os médicos foram embora e eu fiquei esperando o marido chegar.
Acho que foi o dia mais complicado que já vivi. Medo, muito medo. Medo, não. Pânico. Medo do Tiagucho não sobreviver à operação e anestesia geral. Entre ele e eu, claro que eu pensava nele. Mas e o Luqueto e Vitoco? Eu não podia pensar. Só torcia para que tudo desse certo e que o cirurgião recomendado pela minha gineco fosse fera como ela. Nossa! Estas horas anteriores à operação foram sufocantes pra mim. Acho até que o medo era maior que a dor, mas eu não tinha a possibilidade de escolher. Parece drama? Só sei dizer que eu estava DE SES PE RA DA!
Minha babá que é um anjo não só na vida dos meus filhos, mas na minha também, passaria o final de semana com os meninos e assim, eu fiquei mais tranquila.
Bom, chegou à hora, pânico aumentou, mas a verdade e a mais pura verdade é que eu estava em ótimas mãos. Acordei na sala de cirurgia ainda, perguntei do Tiago e eu me lembro muito bem da minha gineco dizer que os batimentos cardíacos dele não oscilaram nada e que o piki ficou ótimo durante todo o procedimento!
Ah, e a minha outra pergunta foi: “quando posso voltar a trabalhar”? hahahahahahahaha como se eu fosse a última bolacha do pacote e imprescindível para a empresa!!!
E as outras semanas que seguiram, foram muito importantes não só para a minha recuperação, mas para refletir muito sobre a vida. Vitoco completou 2 anos de vida, de pura alegria, curtiu a sua festinha por todos os minutos, sabia que a festa era dele e estes dois anos que passaram, trouxeram a leveza e a pureza para o nosso dia a dia.
 vitoco 1
Meu Luqueto, completou 3 anos e 5 meses. E já atingiu 100,5 cm! Sim, com 3 anos já tem 1 metro de altura! Cada dia mais solto, vencendo a timidez, e cada dia mais carinhoso, fico pensando quando ele vai entrar naquela fase de não querer mais abraços e beijos e, que ela não chegue nunca!!!
 lucas 1
E eu, completei 39 anos de idade. Sim, sim… 39 anos. Minha nossa, meu último ano antes da entrada nos “enta”. E eu paro para pensar no que eu vivi até agora e no que quero viver nos próximos 60 que me aguardam. E a verdade é uma só: a gente só consegue o que quiser na vida, se tiver saúde. Mas só saúde, não adianta.
 vitoco 2
Saúde não adianta? Adianta, sim… com a presença de bons médicos. Mas BONS médicos MESMO e infelizmente estes ai são minoria nos planos médicos, se é que existem. E esta seria uma bela discussão em tempos de eleição, mas eu prefiro me privar desta polêmica e apenas agradecer aos médicos da minha família.
E já que dia 18 de Outubro foi dia do médico, aqui vai um grandioso PARABÉNS àqueles que fazem realmente valer a profissão! E o meu, MUITO obrigada!
Depois de ler e reler este post, fiquei me perguntando se eu consegui escrever, sem parecer dramático ou deixando demais transparecer a angústia que eu vivi. E na verdade, eu só quero que todos tenham saúde e procurem por bons médicos. SEMPRE!
Um viva aos nossos médicos de confiança!
E vambora que eu já passei da metade da gestação do Tiago e tem MUITA coisa a fazer! COM SAÚDE !

A aventura das férias !



19 de setembro de 2014, 09:00


E ai, eu me vi de férias e, diferente de todas as outras que já tirei, eu não tinha nada programado, nenhuma viagenzinha com aquelas planilhas gigantes do que fazer, onde, que horas, quando, o que iríamos visitar, tirar foto do quê, que metrô pegar, comprar o ticket antecipado onde, com qual desconto e etc.
Ok, a palavra que certamente mais ouvi nestas férias foi: mamãe. “Mamãe, senta aqui comigo? Quéo ver com você, mamãe”. “Mamãe, fiz cocô, picisa tocá. Mamãe, vâmu pashiá? Oba, tãnhãnhã, oba, tãnhãnhã”.
Sim, foi cansativo, porém gostoso. Pude buscá-los na escola e desfrutar daquele sorriso delicioso de muita surpresa ao me verem, pude almoçar com eles e programar nossas tardes de formas diferentes, cortando o cabelo no shopping, brincando de massinha, cabaninha, carrinho, avião e indo no parquinho na casa da bisa. Pude visitar os filhos das minhas amigas que nasceram e matar a saudade de pegar os “pacotinhos” no colo, mesmo sabendo que em breve, mais um pacotinho chegará. E um pacotinho só meu! Sim, sim, siiiiim, mãe, não adianta espernear, ele será meu, pois antes de ser seu neto, ele é meu filho, hahahaha e não é porque é o terceiro que vou desgrudar dele, não! Todas as visitas terão que lavar a mão antes de pegá-lo no colo, passar álcool gel, não podem vir cheirando perfume e muito menos, cigarro!
Também consegui levar os pikis pra almoçar com a minha Banthian lá em Mogi Mirim e receber todos os mimos de avó comigo e de bisa, com eles. Fiz passeios no centro da cidade, mas o que mais gostei, foi procurar e montar o quarto novo dos meninos, deixar o cantinho deles bem aconchegante e ao mesmo tempo divertido, para tentar suprir o ciúme do novo baby que está chegando…
Eles amaram! Eu também amei ver a reação deles ao chegar no quarto novo, subir e descer a escadinha, para pular na 3ª cama (sim, sim, eu disse 3ª cama!) que tem lá em cima.
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É… esta escadinha vai fazer história. Daqui a pouco tenho que ficar de olho com a pessoinha chegando, porque quando eu piscar, ela vai nascer, aí, se eu piscar de novo, vai começar a comer papinha e ai, pisquei e já está escalando os móveis! E esta escadinha será um periiiigo!
E óbvio, eu não conseguiria ficar 30 dias direto sem trabalhar! Já que eu estava em São Paulo, por que não fazer aquela análise, responder aquele email ou ajudar quem estava com dúvidas de algo? Já que eu estou por aqui, posso coordenar aquela outra reunião e juro, fiz isso feliz, feliz da vida!
Sabe aquela história de que os enjoos passam na 12ª semana? Eu, não soube disto na 2ª gestação, mas sei que para algumas gestantes, passam. Nesta 3ª gestação, para mim, TAMBÉM! Estou zerada, parece que o bichinho lá dentro, até onde eu sei, menor que 15 cm, decidiu checar o calendário e perceber que estava entrando na semana 12 e decidiu ficar na dele! Ufa!!!
Então, passei a conversa no maridão e pedi para ele tirar uns dias de folga para irmos viajar. Ele não permitiu a folga, mas sim, trabalhar remotamente, onde nós escolhêssemos. Ok, já ajudava bastante! E pra perto, claro. Quando engravidei do Vitor, eu pensei que era injusto com o Lucas, que ele nunca tivesse uma viagem sozinho, só com os pais, antes do irmãozinho nascer. Agora era a vez do Vitoco, ele também tinha este direito. Ok, acho que sou louca, será que isso é o fato de ser libriana e tenho que ser justa com todos ?
E lá fomos nós 5, em uma aventura doida, vapt vupt, de uma viagem sem planilha de excel, sem programações manhã/tarde/noite, para Caldas Novas/GO. E fomos de avião para que o Lucas pudesse matar a vontade, pois ele não se lembrava que já tinha voado umas 4 vezes! Foi uma super curtição! Desde só contar da viagem no dia anterior porque explicar “semana que vem” ou “depois de amanhã” para as crianças seria mais difícil do que apenas dizer: “amanhã, vocês vão acordar e iremos direto para o avião”, ao Vitor acordar de madrugada com febre, (até achei que era ansiedade pré vôo) e a realmente subir a escadinha do avião, Lucas olhando pela janelinha e soltando bem alto para todos os passageiros ouvirem: “ih, agora acho que vamos cair, gente”!
E até onde eu sabia, Caldas Novas era um local para velhinhos que gostavam de água quentinha. E sim, nós encontramos muitos deles por lá, nossa ida inclusive, fez a média de idade descer alguns níveis… hahahaha. Mas o local é uma delícia, recomendo fortemente para quem tem criança! Hotéis já com muita infra de diferentes piscinas, com diferentes temperaturas de água (por isso, os velhinhos devem amar) e muitos, muitos tobogãs. E o próprio hotel já tem acesso ao parque aquático, aí sim um complexo maravilhoso!
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Porém, mas, todavia, contudo, entretanto, a vida não é sempre tão simples, meu Vitoco ficou muito doentinho, virose feia, vômitos e diarreia sem parar. Fomos parar no Pronto Socorro e isso valerá um novo post, de como nós mães, acabamos “virando” um pouco médicas, discutimos com os “médicos que possuem CRM” e depois, somos parabenizadas pelos pediatras por não termos aceitado a outra conduta!
E o que fazer para curar assadura??? Sim, sim, sim, minha mãe sempre me disse que é maisena e não se fala mais nisto! Maridão foi andando sei lá quantos km para achar a bendita na cidadezinha. E claro, na volta pra São Paulo, dentro já do avião, na hora de levantar voo, o que euzinha tenho que fazer correndo? Trocar o Vitoco, que acabou de fazer um cocôzão. Sim, levei a maisena para o trocador do banheiro do avião, e claro, na rapidez de ter que trocar o filhote antes de levantarmos voo, a maisena caiu em tudo quanto é lugar. “Filho, você tinha que escolher fazer cocô justo agora”? Bom, a verdade é que eu não sei se consegui limpar todo o estrago daquele pó branco e também não quero imaginar o que o próximo usuário pensou a meu respeito!!!
Pronto, de volta a São Paulo e Lucas, maridão e eu, pegamos a virose. Todos curados em 2 dias, com exceção da grávida aqui,  que só foi ficar boa em uns 7 dias. O que resultou? Sim, acabei no Pronto Socorro com meu pai, pois maridão ficou com os meninos na casa da minha mãe! Soro, buscopan, dramim na veia, e o meu bebê, como ele está??? Quero saber dele! E para checar a saúde do bebê, fizemos um Ultrassom. Hahahaha, o médico que me atendeu, deu mais uma vez a probabilidade do sexo, que não contarei ainda! Mas foi igual a do médico do Ultrassom morfológico.
Ok, tá acabando, acho que me empolguei pra contar tudo… A verdade é que duas semanas se passaram, tive consulta com a gineco, que meu deu parabéns em tudo, todos os exames lindos, super saudável… eu voltei a trabalhar e pimba! Outra virose. Igual a anterior. Onde fui parar? Sim, de novo, PS. Soro, dramin e buscopan na veia.
E… eu quero saber da minha pessoinhaaaa! Como ela está? Mais um ultrassom. E de repente, o meu mundo ficou mais azul, com cheiro de chulé! Sim, meu coração errou, é um meninooooo! Mais um menino para me encher de beijos, dizer “si amo, mamãe”, com muito carinho. Digo que meu coração errou, mas posso confessar? Ele queria, lá no fundinho, sim, mais um moleque. Acho que não saberia ser mãe de menina. Nosso TIAGO vem aí!
piupiu do Tiago_1809
Tá bom, tá bom, já consigo imaginar o cheiro de chulé da minha sala num sábado de manhã com os 4 chegando do futebol, terei que pedir um banheiro só pra mim, afinal ninguém merece os respingos de xixi de adolescente! E quando pedir pizza numa sexta feira à noite, saber que no mínimo, serão 4 pizzas e sim,  terei que aprender a ser sogra, tratar bem e amar  quem adoça e faz feliz os meus filhos, fazê-las parte da minha nova família e tentar tê-los pra sempre perto de mim.
Será que consigo?

3ª gestação? Tirarei tudo de letra !


primeira foto do meu terceiro
Ah, esta é a terceira gestação. TERCEIRA, entendeu? Então, eu vou tirar de LETRA, não passarei mal, nada de frescuras de ficar com sono, cansada ou estes enjoos ridículos com azia, ter que comer de 2 em 2 horas, não poder carregar peso… Estas coisas que os médicos teimam em dizer, sabem?
Mesmo porque, quando você está na primeira gestação, consegue chegar do trabalho e tirar aquele cochilo delícia de 2 horas. E aquelas muitas tardes após o almoço, em que precisa de dois palitos nos olhos para que eles não fechem, mesmo naquelas reuniões mega importantes e que VOCÊ tem que tomar uma decisão baseada nas apresentações que estão sendo feitas PARA VOCÊ? Ah, na terceira ou mesmo segunda gestação, o cansaço já é de praxe, já está mais acostumada e seu corpo já meio que se adequou ao dia a dia: você já tem um ou dois pequerruchos que te consomem o dia todo (e a noite, também, mas não contem às mães que querem ter o segundo). Hum… E o que dizer aos seus filhos: “mamãe não pode te pegar no colo porque mamãe está grávida e não pode carregar peso?” Ah, podem vir no colinho da mamãe, sim! “Um de cada lado, mamãe tem dois colos!” Oh Lord, e quando o terceiro nascer? O que será da divisão do colo da mamãe? O terceiro colo seria na cabeça?
Mas, cada gestação é única, já diziam os nossos avós! Do Lucas, eu achei que tive enjoo. Quando engravidei do Vitoco, aí sim, descobri o que eram os enjoos da gravidez, mas a verdade é que este bebê aqui já mostrou que vai dominar o mundo e a mamãe, também! Quantos enjoos! Por quê, por quê, por quê? Ok, ok, comerei de 2 em 2 horas, vou tentar descansar mais, maridão que me ajude com os pimpos noite adentro ou seria afora: fora da cama de um, fora do berço do outro, fora do quarto deles, fora do horário. Ih, não deu certo, enjoo continuou e até com chocolate que eu adoro! “Opa, você está enjoando com chocolate? É menina!” Tudo eu passo mal, se eu como qualquer coisa gelada, pimba! Lá vou eu correndo para o banheiro. Aliás, conheço todos os banheiros dos shoppings, restaurantes, lojas de rua e posso até dar consultoria dos mais limpos. Mas por favor, não se atrevam a usar o banheiro do estacionamento da Liberdade, da Rua dos Estudantes, não tem trava, é sujo e não tem luz.
2Ai ai ai, só pode ser menina, pra “chegar chegando” assim, este é meu feeling e não errei dos meninos. Bom, vamos aguardar a 12ª semana, dizem que melhora, né? Apesar que depois da terceira gestação, você não acredita mais naquilo que está escrito nos livros, nem mesmo naquele “O que esperar quando se está esperando!”, que by the way, eu recomendo fortemente! Quanta contradição, você recomenda, mas não acredita? Não, people, eu recomendo sim, este livro é demais!
E o que dizer dos comentários? “Ah, você tem 2 meninos, tomara que você tenha uma menininha agora”. “Puxa, até que enfim vocês estão tentando uma menina, vou torcer para que dê certo”. “Vocês querem uma menina agora, né? Menina é mais companheira da mãe quando cresce. Com meninos, você vai ficar sozinha ao envelhecer”. E por ai, vai. E a verdade é uma só: não me importa o sexo, queremos que venha com MUITA saúde e só quem já ficou grávida, realmente entende esta preocupação maluca de pai e mãe.
Medo? Put’s grila, muito medo. Terei meu terceiro parto com 39 anos. O primeiro ultrassom morfológico nunca foi tão aguardado como este. E eu deveria estar calma, já que tenho 2 exemplares super saudáveis em casa. Ter 3 filhos absolutamente perfeitos seria muito, muito egoísmo? Seria pedir muito? Estou cometendo um pecado? A partir dos 35 anos as estatísticas mudam muito, com 39, então! Mil coisas se passam pela minha cabeça, cabeça de mãe, de grávida, de louca, de mulher analítica, lógica, racional e muito, mas muito emocional ao mesmo tempo.
E o que dizer na empresa? O anúncio do 3º filho em 4 anos de empresa ? Medo! Mais um medo: “o que irão pensar, que estou me aproveitando da lei? Estabilidade ? Que só penso em ter filho”? “Hey, boss, I need to tell you something”. E ela: “Go ahead, please”! E eu: “It’s a little secret!” E ela: “Oops, are you having the third one???” E eu, super intimidada: “Yes, I am”, aguardando a reação, “ai ai, o que será que vou ouvir agora”? E a louca da chefe: “Oooooh my Goooood, congratulations, I love big families, you are a very lucky woman”.
E sim, eu sou uma mulher de sorte! Muita sorte! Tenho um marido maravilhoso, o homem da minha vida, antes mesmo de ser o pai dos meus filhos. Brigamos muito também, a vida não é um mar de rosas, mas como diria a minha gineco, isso acontece porque é um casamento de verdade, onde cada um exprime o que pensa e construímos sempre juntos, o que é melhor para a nossa familinha. Opa, quem foi a louca que falou familinha? Deixamos de ser familinha já faz um bom tempo, agora somos uma Família com “F” maiúsculo com muito mais responsabilidade pela frente. E falando em família, eu tenho a minha primeira família que me apoia muito e um trabalho que amo fazer, discutir, sugerir, criticar (e como eu critico demais, por que será que me aguentam tanto?) e que quase me permite ser quem eu sou 100%!
E sim, eu sou uma mulher de MUITA sorte. Saímos do morfológico hoje à tarde e o bebê? Ah, a minha pessoinha está ótima, mega saudável, tudo no seu devido lugar, com as melhores probabilidades! E já com 7 cm, 73 gramas e 158bpm! Como poderei agradecer a tudo isso?
Mas e o sexo do bebê? Acho que só teremos certeza absoluta lá pela 17ª semana. O médico já deu uma grande possibilidade, mas eu só conto com 100% de certeza. Será que eu aguento?

Terceirinho a caminho…

E naquela segunda feira, na minha consulta para levantar o moral – diga-se de passagem, sim, o moral, porque é mais agradável dizer que estou levantando o moral, do que levantando os peitos, diminuindo a barrigota e tirando umas gordurinhas daqui e dali, resultado de duas gestações incríveis que me deram 2 moleques lindos, deliciosos e saudáveis – a cirurgiã plástica nos pergunta se nós teremos o terceiro filho. Olhamos um para a cara do outro e com muita dor no coração, dissemos que não, paramos no Vitor, pois filho custa muito caro, infelizmente.
E a médica calmamente responde que se por acaso pensássemos no terceiro, não valeria a pena fazer a plástica, já que a flacidez voltaria. E marcamos o levantamento do moral, para um mês e meio depois daquela consulta, já que não seriam férias escolares porque que eu precisaria de mais tempo me recuperando e as crianças o dia todo em casa, prejudicariam o meu repouso. Marquei férias, programei na empresa um mês que fosse o “menos pior”, ficar 30 dias fora. O quê??? 30 dias fora? De verdade, eu não me lembro de tirar férias tão compridas em toda a minha trajetória profissional, nem quando estagiária… Será que a empresa vai conseguir sobreviver sem mim por tanto tempo? Hahahahaha
barriga
E então, um atraso completamente inesperado na menstruação. Estranho, né? Porque nós tivemos uma única relação sem camisinha, visto que era o primeiro dia após o fim do período menstrual, que dura sempre 3 dias.  Como estava em um regime louco para perder os quilinhos a mais antes da cirurgia, tive que parar com o anticoncepcional, para garantir o processo de perda de peso. E eu, lá nos primórdios, aprendi com o tal método tabelinha, que devia evitar relação desprotegida, 5 dias antes e 5 dias depois da ovulação. Ledo engano! Quem confia em método tabelinha só pode ser gente mal informada e não uma mulher com quase 39 anos, casada, mãe de 2 filhos, formada, Pós Graduada, Especialista em Gestão do Conhecimento e executiva de uma multinacional…
E aí, 1 semana depois, estava eu ligando para a minha plástica, pedindo para adiar o efeito moral para daqui 2 anos, para a minha endócrina, perguntando que remédios eu deveria parar de tomar e para a minha gineco para marcar a minha primeira consulta… PRÉ NATAL, da 3ª gestação!
Sim, acho que o carinha lá de cima, pensou, pensou e pensou e disse: “minha menina, você pode tentar ser a melhor Gerente de Desenvolvimento de Pessoas da América Latina, das Américas ou até da Via Láctea, mas antes de qualquer coisa, você nasceu para desenvolver as pessoinhas mais deliciosas deste planeta e eu quero te dar a oportunidade de ser mãe de três”.
E aí, nosso coração ficou MUITO assustado, mas quando eu digo muito, é muito MESMO. Nós sempre quisemos ser pais de três, família grande, aquelas que quando se junta, não cabe direito na foto. Eu tenho 2 irmãos e maridão, 2 também. E fala sério, tem coisa melhor na vida do que irmão? Absolutamente, não! E no meio do susto, deparamo-nos com tantos amigos tentando engravidar, com mil tratamentos de fertilização, pensamos na situação que engravidamos e na falta de lógica disto tudo. Sim, era só emoção à tona e o amor estava gritando: “é um tremendo desperdício deixá-los sem a chance de serem pais de três”!
Sim, realizaremos nosso sonho! Seremos pais de três filhotes. Lucas e Vitor terão mais uma companhia para o resto da vida, assim como eu e o maridão. O custo de mais um? Ah, a gente dará um jeito! É só “botar mais água no feijão”!
5
E aí, fomos contar pra família que mais um herdeiro estava chegando. Nunca irei esquecer o semblante de tremenda felicidade da minha mãe, a super híper vovó Mickey, como é chamada pelos meus filhos, ao saber da notícia que mais um neto, o quinto, chegará! E ela completou: “Yuri, acho que você não pode mais lavar cueca e pare de deixar cueca de molho com calcinha em casa”!
E lá vamos nós para mais uma gestação!
O levantamento de moral? Ah, fica pra depois, né? Que moral não se levanta com esta mega notícia ?